segunda-feira, 12 de julho de 2010

À MEMÓRIA DE NUNO DE MENEZES

Em Benguela, naquela manhã cinzenta de quarta-feira, 22 de Agosto de 2007, os sinos dobraram, os telefones tocaram incessantemente e as vozes consternadas passavam o pesar.
Tinha morrido o Poeta das Acácias Rubras, que há sessenta anos cantara o: <A preta pariu menino, cabeça rachada, nariz pequenino...>.
Tinha morrido o radialista do: <Antes da uma acontece cada uma>.
Tinha morrido o artista das Belas Artes e do: <Pincel de veludo para pintar isto todo>.
Tinta morrido o publicista do: <Dura até acabar>.
Tinha morrido o <Humorista>.
Tinha morrido o: <Decado dos Jornalistas>.
Tinha morrido o pai do: <Paulo "Canhanga">.
Tinha morrido o pai do: <Capitão Gindungo>.
Tinha morrido o amigo:<NUNO DE MENEZES>.
Sim, tinha morrido o velho amigo NUNO DE MENEZES, que ao partir legou à esta sua terra querida, a sua pena, o seu microfone de ouro, a sua prancheta, as suas sátiras... enfim, todo o espólio que um sábio daquela idade pode transmitir aos seus héreus. Mas agora e porque "antes da uma já não acontece cada uma", honremos a chama viva da sua egrégia memória, bem patente nos corações enlutados da urbe Benguelense. E que a sua alma descanse em paz. Ámen.

1 comentário:

  1. Olá...
    Desde já quero agradecer pela homenagem que faz aqui para o meu avó.
    Sem sombras de dúvidas que desapareceu uma valiosa biblioteca que era o meu Avó... Uma fonte de inspiração para todos os jovens e para mim um ídolo... Notei também que faz referência ao meu pai como o "Paulo Canhanga" que não sabia existir, do meu tio sim como "capitão Gindungo"... Mas uma vez o meu mt obrigado... "Sali po Tchiua"... (Não sei ao certo se é assim que se escreve).

    ResponderEliminar